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terça-feira, 29 de novembro de 2011

ESPIRITUALIDADE

A CRUZ DE CRISTO

          Cristo é o centro das Escrituras. Desde o Antigo Testamento Deus revelou o Seu plano de enviar Seu Filho Jesus para salvação da humanidade. Revelou a Adão e Eva tal plano, e este foi anunciado de geração a geração. A mensagem de salvação também foi anunciada pelos profetas. Relataram que o Messias prometido experimentaria o desprezo, a rejeição, a humilhação, todo o sofrimento do mundo e padeceria a ponto de conhecer a morte.

          No Novo Testamento não foi diferente, João Batista também anunciou a vinda do Messias. Declarou o seu poderio, e para as pessoas que desejassem viver uma vida espiritual autêntica era necessário reconhecer e dar a primazia somente a Ele.

          Quando João ainda falava, Cristo surgiu e começou o seu ministério. Curou, libertou, operou milagres, trouxe paz, alegria e salvação. Em um determinado momento, Ele subiu ao monte a fim orar e levou consigo alguns discípulos. Após um período de oração, Ele transfigurou-se. Foi neste momento que Deus deu um brado do céu testemunhando a seu respeito: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (Mt 17.5c). Deus estava anunciando que a preeminência teria que ser dada a Cristo, pois Ele não poderia ser comparado com nada e ninguém. Conhecendo essa verdade, todos precisam se curvar perante Ele e adorá-lo. Ele é a consumação da lei, o conteúdo das profecias e o Messias anunciado por todos os profetas. Cristo é Deus. É o centro de todas as coisas e tudo deve convergir para Ele.

          Para que a humanidade recebesse salvação, Jesus viveu tudo o que foi anunciado a seu respeito. Ele foi perseguido, caluniado, traído, considerado o mais vil entre os homens, açoitado, levado ao matadouro como um animal. Foi posto em uma cruz, traspassado por uma lança, coroado com espinhos, e ainda deram vinagre para beber e em nada murmurou. Quando entregou seu espírito para Deus, levou juntamente consigo todos os pecados da humanidade.  Mas ao terceiro dia Ele ressuscitou, tornando-se o Salvador do mundo. Somente Cristo pode ser digno de toda honra e glória!

          Ele veio ao mundo para morrer. Entregou-se à morte por amor à humanidade. Levou cativo todos os nossos pecados. Esse era o plano de Deus, resgatar o que estava perdido, dar vida à morte. Estávamos mortos em nossos pecados, mas através da morte vicária de Cristo nos deu vida para vivermos a eternidade. Já não estamos sufocados pela lei, pois a graça de Cristo nos alcançou. Ele cumpriu sua missão.

          Para se viver uma verdadeira espiritualidade é preciso seguir uma ordem cronológica: rejeição, morte e ressurreição. Não há outra ordem além dessa. Como disse o apóstolo Paulo, se não há morte e ressurreição, então é vã a nossa fé. A morte de Cristo é singular. É o ponto central da espiritualidade e precisa firmar-se como valor absoluto em nosso pensamento.

          Não podemos reduzir uma autêntica espiritualidade, simplesmente, no conhecimento de Cristo, pois ela é transcendente.  Viver uma verdadeira espiritualidade é  reverenciar e anunciar o Seu poderio. Cristo precisa ser visto e reconhecido em nossas vidas. Diante dele todo o joelho deve se dobrar. Para Ele dever ser toda a nossa devoção.

          A cruz de Cristo é o centro das Escrituras. Sem essa verdade não há espiritualidade para se viver.

ESPIRITUALIDADE

Edificando o Altar

Levítico 6: 8-13


            O homem é a maior criação de Deus. Ele foi criado “a imagem e semelhança”. Deus não criou o homem para ser um boneco em suas mãos, Ele o criou para se comunicar, se relacionar, para estar junto com Ele. No momento em que o homem cai, ele quebra o elo, o relacionamento com Deus. Então, Deus traça um plano para que essa união seja restaurada, para que o homem voltasse a ter acesso a Deus. Esse plano é Jesus. Mas, antes do cumprimento da promessa, o homem sentia a necessidade do acesso a Deus. O meio que encontraram para adorar a Deus, pedir perdão, gratidão, o meio que encontraram para ter acesso a Deus, foi levantar altares.

            O altar marcava a vida dos homens que andavam com Deus. Abraão, Isaque e Jacó, Moisés, Noé, Elias, etc. sempre levantavam altares de adoração ao Senhor.

            Mas o que é o altar? Para que ele serve? Por que é importante?

            No Antigo Testamento: (tabernáculo = as pessoas iam para adorar e havia o altar)

Altar = mesa feita de madeira, terra ou pedras, sobre a qual se ofereciam os sacrifícios. Os altares de madeira eram revestidos de algum metal e tinham pontas (chifres) nos quatro cantos.

            No altar, o adorador trazia um animal masculino (um touro, cordeiro, cabra, pombo, ou rola, que dependem da riqueza do adorador) para a porta do tabernáculo. O animal devia ser sem defeito. O adorador, então, colocava as mãos dele na cabeça do animal, e em consciência que este animal inocente estava sendo reputado por pecador, ele buscaria o Senhor para perdão, e então mataria o animal imediatamente.

            Altar tratava-se de lugar onde o homem se aproximava de Deus, mediante sacrifício e oração. Lugar onde Deus vinha encontrar as necessidades humanas.

            O altar significa comunicação entre Deus e os homens; igualmente no altar o homem trazia suas oferendas ao Senhor.

Altar = caráter santo – Ex 40: 10, sem o altar, nenhum pecador poderia ser reconciliado, nem poderia estar lá para oferecer sua adoração a Deus. Todas as manhãs um cordeiro era oferecido no altar.


No Novo Testamento:

            Altar = consagração profunda e integral de nossas vidas a Deus (Rm 12: 1,2). Fala de rendição, de compromisso profundo, de integração com a vontade de Deus e o sacrifício de Jesus.

            Consagrar = tornar sagrado; dar honra; dedicar; empregar tempo.

            Rogo-vos = chamado a uma vida dedicada (suplicar)

            Apresentar = gr. Parestesai = receber desafio para colocar a disposição (mostrar, entregar, pôr a vista, manifestar, expor, entregar)

            Corpo = indivíduo em sua inteireza (todas as áreas da vida).

 1. É necessário um altar para cultuar à Deus

Vemos Deus dando ordem para construir um altar:

ü  Ex 20.24 “um altar de terra me farás, e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, e as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas e os teus bois. Em todo lugar em que eu fizer recordar o meu nome, virei a ti e te abençoarei”.

ü  “Depois disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; e faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da face de Esaú, teu irmão.” Gn 35.1


Existe um altar no templo, existe um altar na Igreja, e é necessário que exista um altar em nossos corações e em nossa vida cristã, para que haja sempre momentos de adoração, de sacrifícios a Deus, de orações e clamores e de ofertas voluntárias, e é deste altar que procede as bênçãos de Deus, as respostas de Deus.
           
Quando não existe um altar, não existe lugar para adoração, para cultos e para manifestações divinas em favor do homem.

              
O texto lido é muito interessante por 2 motivos:

            1 – É escrito para os sacerdotes (Lv 6: 8,9) – Deus já tinha falado para os leigos como seriam as ofertas, mas agora a participação do sacerdote é fundamental. O sacerdote tinha obrigações maiores que o povo leigo. O altar tinha que ser cuidado pelo sacerdote.

O que era um sacerdote? (Ml 2:7) = Mensageiro do Senhor.

É nossa responsabilidade como obreiros (sacerdotes da nova aliança), manter o altar de Deus em nossas vidas, em perfeito estado, como o Senhor nos orienta em Sua Palavra.


2 – Esse texto nos ensina como o altar deve ser mantido, conservado e quando ele está pronto para o sacrifício. Quais são as orientações de Deus, que devermos seguir, para que o nosso altar se mantenha sempre pronto para Ele?

a - O ofertante deve se vestir com as vestes da santidade (vs. 10)

ü  O Linho simbolizava a santidade.
ü  O sacerdote era conhecido pela roupa de linho que usava, não podiam ministrar com roupa suja.
ü  Santidade = separação, consagração, dedicação. Como alguém, que não é separado deste mundo para glorificar a Deus, pode desejar que o Senhor receba seus sacrifícios? Como alguém, que não é consagrado e dedicado ao Senhor, pode almejar a presença de Deus em sua vida? Ml 1: 7, 10
ü  Santos = Ec 9: 8; Lv. 11: 44; 1 Ts 4: 7; Hb 12: 14


b - O sacerdote deveria colocar lenha no fogo a cada manhã (v.12)

ü  Lenha = queimava o sacrifício. Nossa vida, nosso trabalho, nosso corpo apresentado como sacrifício vivo (2 Co 4: 10,11).
ü  A lenha = oração. Quanto mais oração, mais poder, mais capacidade, revelação e sabedoria.
ü  A vida do líder não pode somente ser avivada nos dias de culto, mas todos os dias. Deve ter novas experiências diárias.

c - O ofertante deve levar as cinzas para fora (vs. 10,11)

ü  Cinzas = resíduos das ofertas sacrificadas. Resíduos de experiências passadas.
ü  Fl 3: 13,14 = há a necessidade de deixar para traz as experiências do passado, e avançar para alcançar novas experiências. Ef 4: 22-24; Rm 6: 4; 2 Co 5:17
ü  Levar as cinzas para fora é abrir-se para dar lugar às novas oportunidades com o Senhor.
ü  Devemos nos lembrar de tudo o que Deus fez, mas não devemos viver só do que Deus fez.
ü  Deus manda remover as cinzas para que haja mais louvor, mais adoração, mais sacrifícios. Quando nos apegamos às coisas do passado, e vivemos somente das experiências do passado, o nosso altar está cheio de cinzas, e apenas cinzas, mas Deus é um Deus inovador e renovador.

d – Devia ser oferecido novo sacrifício sobre o altar

ü  Isto simbolizava a necessidade de sempre renovar a nossa entrega a Deus.
ü  Todos os dias entregar a nossa vida nas mãos de Deus


e - O fogo deve ficar acesso continuamente (vs. 9, 12,13)

ü  O holocausto ficaria no altar durante toda a noite e o fogo estaria queimando-o.

ü  Pela manhã, o sacerdote tiraria as cinzas e colocaria mais lenha; a chama não deveria, nunca, apagar. Até por que quem acendeu o fogo foi Deus (Lv 9: 24)

ü  O fogo era um elemento indispensável ao altar; altar sem fogo era altar sem a presença de Deus; altar sem fogo era altar em ruínas.

ü  Fogo sobre altar era a confirmação da aceitação de Deus do sacrifício recebido. Ex. Elias (I Rs 18.30-38) e de Manoá (Jz 13.20), Deus recebe os sacrifícios com fogo.


O que é esse fogo hoje?

ü  Fogo é o símbolo do Espírito Santo

ü  Fogo em nosso altar, no altar do nosso coração, significa fervor, dedicação, entusiasmo, a presença de Deus sentida.

ü  Como esperar que Deus se empolgue com nosso culto se não nos empolgamos com Sua presença. (Indiferença na adoração (Ct 5: 3,6), cultos = compromisso social, obrigação, etc) Como um Deus vivo pode receber uma adoração sem vida? Lc 20: 38

ü  Algumas tempestades da vida podem apagar o fogo do nosso altar. O excesso de cinzas pode apagar o fogo do nosso altar.


O que acontece quando o fogo apaga?

Paulo escreve para não deixar o fogo apagar (1 Ts 5: 19; Ef 4: 30). Extinguir = apagar, exterminar, abolir, desaparecer.

ü  Um farol apagado constitui-se um grande perigo, pois não pode guiar, dirigir... Assim também o crente cujo fogo estiver apagado. Por quê?

ü  Quando o fogo se apaga o amor se esfria (Mt 24: 12); Quando há o amor, não há lugar para o ódio, confusão, intrigas, disputas, raiz de amargura (1Co 13: 4-7).

ü  Quando o fogo se apaga perdemos nosso ministério.
- Eli deixou o fogo apagar e perdeu o seu ministério
- Primeiro perdeu o discernimento das coisas do Senhor (I Sm 1.12-14)
- Perdeu também o temor, embora Deus o tenha advertido, ele não tomou nenhuma providencia (I Sm 2.27-36).
- Quantos obreiros têm morrido de repente, e às vezes não compreendemos o por quê? É porque deixaram o fogo apagar de suas vidas.

ü  Um obreiro onde o fogo está apagado sua vida está em perigo. Na vinda de Jesus ele não está preparado.


O que fazer para o fogo  não apagar?

ü  Rm 12.11 “não sejais vagarosos no cuidado (não ter preguiça na vida cristã); sede fervorosos no espírito (conservar o brilho espiritual), servindo ao Senhor;”

·      Esta é a ordem para nós, sermos fervorosos. Do mesmo modo como devia ser conservado antigamente. Devemos ter o fogo do Espírito Santo aceso, pois simboliza a presença de Deus conosco. A única coisa que Cristo não suporta é crente que não é nem frio e nem quente (Ap 3: 15,16)

·      Alimentar o Espírito (Gl 5: 16, Rm 8: 5-9; Ef 5: 18-20)

O que precisamos nesta ultima hora é de homens e mulheres cheios do Espírito Santo. Que edifique, renove seus altares.

Cada obreiro deve cuidar para que o fogo em sua vida seja renovado.

- O mesmo Espírito que operou na salvação, na santificação, na nossa chamada para a obra do Senhor e no batismo no Espírito Santo, e que nos deu os dons espirituais, ELE É PODEROSO PARA NOS RENOVAR

- Devemos pedir ao Senhor que a cada dia Ele venha nos renovar com o seu Espírito Santo

- Não podemos ficar sem a renovação espiritual em nossa vida

- Não podemos ficar sem falar em mistérios com Deus

- Deus quer acender o fogo agora em seu coração. Por isso edifiquemos nosso altar.


MINISTÉRIO


COMPROMETENDO-SE COM O MINISTÉRIO

INTRODUÇÃO

 “Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus”. Lucas 9: 62.
“... A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”. Lucas 10: 2.

Uma das últimas recomendações de Jesus foi em relação ao envolvimento da igreja com a sua obra. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espirito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.” Mateus 28: 19,20. Ele deixa claro que o propósito da igreja é dar continuidade aquilo que Ele começou: pregar, evangelizar, ensinar, anunciar a todos os povos a salvação.

Ainda antes de ser elevado as alturas, Jesus declara que a igreja não estaria só neste propósito, mas que seria munida de um poder sobrenatural que a capacitaria para o desempenho de tal missão. “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em Judéia e Samaria, e até aos confins da Terra” (At 1:8).

 A partir daí, movida pelo grande senso de responsabilidade para com a causa cristã, a igreja assume com toda dedicação e amor, a missão que lhe foi passada, mesmo sabendo sobre os perigos que estavam por vir, incluindo a perda de suas próprias vidas! Mediante a esta atitude, a igreja foi se expandindo e, hoje podemos ver muitas pessoas se convertendo, igrejas lotadas, mas a Palavra de Deus, ainda, continua a se cumprir: “a seara é grande, mas há poucos ceifeiros”. Mediante a um crescimento tão estupendo, levanta-se uma pergunta: Onde estão os ceifeiros? Ou melhor: Onde está a igreja envolvida com a obra de Deus?

Porém, antes de falarmos sobre os ceifeiros é fundamental conhecermos a seara.

1 – Conhecendo a Seara

            As palavras de Jesus foram: “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”. Lc 10:2. Destacamos neste versículo, 2 palavras que nos esclarecerá o que é a obra de Deus e a sua necessidade.

1.1 Seara

De acordo com o Dicionário Michaelis, seara significa campo semeado, cultivado; conjunto numeroso de pessoas que aderem algum princípio benéfico.

          Jesus usa uma metáfora, várias vezes, para falar sobre a obra de Deus (Jo 4: 35  36; Mt 13: 30, 38). Ele olhou para as multidões que o seguiam e comparou-as a um campo pronto para a colheita. Quando Ele e os dirigentes religiosos ortodoxos de sua época olhavam as multidões dos homens e mulheres comuns, tinham duas maneiras, completamente distintas de vê-los.
  •  Os fariseus viam o povo como palha que devia ser queimada.
  •  Jesus os via como uma boa colheita, que devia ser colhida e entesourada.
  •  Os fariseus, em seu orgulho, esperavam a destruição dos pecadores;
  • Jesus, em seu amor morreu pela salvação dos pecadores.
 Existem milhões de pessoas que ainda não ouviram falar do amor de Jesus. Esses milhões nos cercam, eles trabalham conosco, são nossos familiares, amigos, vizinhos, pessoas que cruzam conosco diariamente nas ruas; pessoas que quando conversamos com elas, “riem para não chorar”, pessoas que estão desesperadas, que vivem cheias de problemas existenciais e familiares, temores e insegurança quanto ao futuro. Muitos estão prontos para entregar sua vida a Cristo, mas é preciso que alguém lhes mostre como fazê-lo. Esta é a grande seara que precisa ser enxergada com olhares daqueles que desejam se envolver com a obra de Deus. 

1.2 – Rogar

            Jesus usa o verbo “rogar” para anunciar a necessidade da seara. Este verbo tem o significado de pedir com insistência, suplicar, implorar.

            Para Jesus a urgência da colheita exigia pressa: “Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias; e a ninguém saudeis pelo caminho”. (Lc 10:4).

O mundo precisa urgentemente (de você), de pessoas que tragam socorro e auxílio, palavras de vida e de amor, que estimulem os outros com palavras de salvação! Não há mais tempo para esperar. Exemplos de urgência:

·         João 4: 35 – É preciso erguer os olhos para as grandes necessidades deste mundo.
·        Isaias 6: 8 – O próprio Deus está a procura de pessoas que compreendam a urgência de Sua obra e se disponha.
·         Joel 3: 12-14 – O dia do Senhor está próximo e muitas vidas clamam por socorro. 


A seara é grande e poucos são os ceifeiros… Precisamos nos preocupar com as almas que estão se perdendo, Jesus estava preocupado, e rogava ao Pai, para enviar ceifeiros!…

Muitos poderão ser salvos se alguém tão somente lhes falar de Jesus.

2 – Conhecendo os Ceifeiros

     A colheita nunca será efetuada a menos que haja ceifeiros que façam o trabalho. Uma das resplandecentes verdades fundamentais da fé cristã é que  Jesus Cristo necessita de homens e mulheres. Ainda quer que os homens escutem as boas novas do Evangelho, mas ninguém ouvirá nada a menos que haja homens e mulheres que o comuniquem.

         A oração não basta. Alguém poderia dizer: "Orarei pela vinda do Reino de Cristo todos os dias de minha vida." Mas neste caso, como em tantos outros, a oração que não vai acompanhada pela ação carece de valor algum. 

Sendo assim, quem são os ceifeiros? Onde estão os ceifeiros?

2.1 – Trabalhadores X Voluntários

            De acordo com a metáfora usada por Jesus em Lucas 10, os ceifeiros são os trabalhadores da Obra de Deus. Atualmente, ouvimos muitos dizerem que são voluntários na Obra de Deus, outros diz serem trabalhadores. Mas, ao analisarmos cada uma dessas palavras podemos observar que há uma grande diferença entre trabalhador e voluntário. Vejamos a seguir:

            Trabalhador é aquele que se dedica, se empenha a uma atividade; indivíduo ativo; aquele que se esforça para obter algo; empregado, obreiro, funcionário.

            Voluntário é aquele que só age de acordo com a sua própria vontade e sem interesse; aquele que deixa o seu livre-arbítrio fazer ou deixar de fazer.

Quando Jesus pede para rogar ao Senhor para que mande ceifeiros, ele tinha consciência de que a seara necessitava de trabalhadores, pessoas comprometidas e não de voluntários.

Nesta época não faltava autoridades religiosas. Grande porcentagem do povo de Israel se ocupava das questões religiosas no templo, nas sinagogas, nas casas e nas ruas. A despeito disso, na avaliação de Jesus, os trabalhadores eram poucos na seara. Desse exemplo aprendemos que a organização religiosa e a aparência religiosa do povo não garantem a existência dos trabalhadores autênticos do Evangelho, ou que haja ceifa.

Parece que Jesus distinguia entre aparência e o número das atividades religiosas e os resultados verdadeiros no empreendimento evangélico. (1 Sm 16: 7; Mt 15: 8,9; Tg 1: 22-25; Ap 3:1).

2.2 – Onde estão os ceifeiros?

“... Poucos são os ceifeiros” (Lc 10:2). Diante de tais palavras de Jesus, levanta-se um questionamento: Qual seria a causa de sempre haver poucos ceifeiros?

·         Ageu 1:9 – Estamos mais interessados em Deus fazer o que queremos, do que em fazermos o que Deus quer.

·         Mateus 24: 12 – Falta de amor

·     Mateus 7: 13,14 – As pessoas estão mistificadas com o mundo, pouco se interessam em ceifar, a porta larga atrai mais crentes.

·         2 Tm 3: 1-5; 1 Pe 4: 18 – A Palavra de Deus nos mostra que ser ceifeiro é muito difícil, e são poucos os que almejam ser.

·   Apocalipse 2: 4; 1 Coríntios 15: 58; 2 Crônicas 15:7 – O tempo tem levado muitos a desanimarem e a se acomodarem espiritualmente. Contudo isso, a Palavra de Deus não passa (Mt 5: 18), ela continua a procura de homens e mulheres que se comprometam com essa grande Obra. “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: “Como são belos os pés dos que anunciam boas novas.””  Rm 10: 14,15

2.3 – Que tipo de obreiro que o Senhor Jesus deseja no seu ministério?

2.3.1 – Aquele que prega o Evangelho do Reino (Mt 9: 35; 2 Tm 2: 15)

O obreiro que Jesus deseja em seu ministério, é aquele que prega sobre o que Deus é, e o que Ele promete para as pessoas (Gl 1: 8,9; Ap 22:18; Dt 4: 2). É por isto que o obreiro deve usar a Bíblia como base, deve saber maneja-la profundamente.

É a vontade de Deus que a mesma Palavra se passe de geração em geração. O apóstolo Paulo disse: “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir à outros”. 2 Tm 2:2. Deus não quer que novas gerações ensinem coisas novas (2 Tm 3: 14,15).

O obreiro que Jesus procura é aquele que diz a Verdade, prega e espalha a Verdade (At 4: 19,20; 2 Tm 4: 2-5).

2.3.2 – Aquele que cura os enfermos e, expulsa os demônios (Mt 10: 1,8; Lc 24: 49; At: 1:8)
Jesus quer que seus obreiros lutem contra as forças malignas, expulsando os espíritos e curando os enfermos. A pregação do Reino de Deus deve ser acompanhada da manifestação do poder de Deus contra as forças do pecado, das enfermidades e de Satanás. Foi para isso que os discípulos foram munidos de poder do Espírito Santo.

Atos 1: 8 – “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo...” Virtude, no original grego, é dunamis o qual significa poder real, poder em ação. Isto é mais do que força ou capacidade. É o poder divino em ação.

O obreiro que Jesus deseja em sua obra é aquele que compreende que o Evangelho é poder de Deus para salvação (Rm 1: 16) e se coloca a disposição.

2.3.3 – Exemplos a serem seguidos

            A Bíblia relata vários homens e mulheres que entenderam a necessidade e a urgência da seara de Deus, e se colocaram a disposição para ser os trabalhadores desta obra. Vejamos alguns exemplos:

    • Profeta Isaias – Is 6: 8
    • Josué – Js 1: 1,2; 3:1, 7
    • Pedro – At 2: 14
    • José – Gn 41: 38
    •  Samuel – 1 Sm 3: 10
    •  Neemias – Ne 2: 4,5
    • Maria Madalena, Joana e Suzana – Lc 8: 1-3 Joana foi curada de uma enfermidade não registrada ou de um espírito maligno que controlava sua vida. Ela tomou uma decisão de seguir Jesus e investir financeiramente no ministério de Cristo.
    • Priscila e Áquila – At 18: 26, Rm 16: 3
    • Trifena e Trifosa – Rm 16: 12.
    • Evódia e Síntique – Fp 4: 2,3 Estas mulheres estavam envolvidas na construção da igreja de Filipos em torno do ano 61 d.C.
    •  A Samaritana – Jo 4: 28-30 Mulher evangelista, que com sabedoria e graça levou uma cidade inteira a conhecer Jesus.
    • Débora – Jz 4: 4,9 – foi juíza em Israel.

 3 – Comprometendo-se com o Ministério

            “Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus”. Lucas 9: 62.

          O lavrador diz que é impossível arar, fazendo uma linha reta, se este de vez em quando olha para trás. Para que o trabalho saia bem feito, o seu olhar não pode ser desviado. Essa tarefa requer muita atenção do lavrador. Nesse texto, Jesus ilustra o propósito de tornar-se discípulo, Para Ele é vão e sem sentido esse propósito se não for levado as suas últimas consequências e de maneira correta.

        Aquele que ara a terra pode ficar cansado ou até mesmo fatigado devido ao sol durante seu trabalho, mas ele não pode olhar para trás, pois desta forma seu trabalho não sairá com perfeição.

     Mediante as palavras de Jesus, compreendemos que o Reino de Deus necessita de pessoas comprometidas com Jesus, que o seguem a todo e qualquer preço, que dizem sim de verdade. Pessoas que tome a sua posição de trabalhador do Reino e de maneira nenhuma pense em voltar atrás. Aquele que se colocam a disposição do Reino pode até mesmo, em algum momento, cansar ou fatigar, mas Jesus nos alertou: “... no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” Jo 16: 33b.

            Comprometer-se com o Reino de Deus é um caminho sem volta. Nada deve atrapalhar o seu serviço (Ne 6: 3; 2 Tm 2: 4,5; 1 Co 9: 25,26; Hb 10: 38,39; 12: 1).

Comprometimento diz respeito ao zelo que temos com nosso chamado. “Tão-somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares. Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido.” (Josué 1.7-8).  O fracasso nesta área pode comprometer todo o projeto.



CONCLUSÃO

  
É bem possível ser chamado por Deus e ter consciência disso. Entretanto, se o chamado e a visão forem negligenciados e o comprometimento não for integro, não haverá sucesso no empreendimento.

O comprometido é aquele que ouve a voz do Senhor e obedece como Isaias que disse: “Eis me aqui, envia-me a mim” (Is 6:8). Estas palavras são demonstração do que é ouvir e se dispor a atender o chamado de Deus; é demonstração de entrar na obediência e fazer segundo a Sua vontade que é um privilégio daqueles que são fieis e não se envergonham diante desse chamado.

O senhor está nos chamando para mudar a nossa realidade, de homem de lábios impuros, passarmos a ser pregadores do evangelho da salvação. Entendamos que somos planos de Deus, e aqui estamos para fazer a sua vontade. Se hoje ouvires a voz do Senhor, não endureçais os vossos corações (Hb 3: 15).

“Eu amo aos que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão. Riquezas e honras estão comigo; sim, riquezas duráveis e justiça. Melhor é o meu fruto do que o ouro, sim, do que o ouro refinado; e as minhas novidades melhores do que a prata escolhida. Faço andar pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo, para fazer herdar bens permanentes aos que me amam, e encher os seus tesouros. .... Agora, pois, filhos, ouví-me, por que bem-aventurados serão os que guardarem os meus caminhos.” Provérbios 8: 17-21, 32.