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Olá, seja bem vindo em meu blog! Espero que sejas edificados com os estudos e artigos encontrados aqui.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

EU PERCEBI QUE DEUS ME AMA



Quero agradecer ao Senhor por tudo o que tens feito em minha vida e através de mim, e por todos os benefícios que tens me dado.

Nesta noite que se passou, entre o dia 06 e 07/12/2012, onde completei mais um ano de vida, pude fazer uma reflexão de todos esses meus anos de vida (que são poucos por sinal kkk)e eu vi que Deus esteve presente em todos os momentos da minha vida. E percebi algumas coisas:
  •  Percebi que nos momentos em que estava longe de Deus, na minha adolescência, Ele agiu de uma maneira especial me conduzindo a ter um encontro com Ele.
  • Percebi que as percas que tive foi para me fazer entender que não posso perder aquilo que não é meu, e o que é meu está reservado e escondido nos braços do Pai aguardando o momento certo para chegar as minhas mãos.

  • Ainda, em relação às percas, também percebi que foram para me levar para mais perto de Deus, pois, enquanto estava fraca e sensível o poder de Deus teve lugar para se aperfeiçoa mim.

  •  Lembrei-me que muitas pessoas passaram por minha vida, algumas me fizeram chorar, a até mesmo me decepcionar. Por outro lado, outras pessoas também passaram por minha vida e ao contrário de decepções, me trouxeram alegrias, risos e até gargalhadas. E nestas situações, eu também percebi que Deus estava em todas elas. Você pode até me perguntar: “como pode Deus estar com as pessoas que te decepcionaram?” Eu respondo: Ele estava me fazendo ver que o mundo inteiro pode me decepcionar, mas Ele nunca me decepcionará. E na outra situação, vi Deus colocando um pouco de alegria naquilo que era decepção.

  • Também me lembrei de que coloquei algumas expectativas em pessoas, esperando obter o retorno desejado e me frustrei. Mas, Deus também estava lá me mostrando que pessoas são falhas, e nem sempre elas poderão dar aquilo que esperamos, porque nem sempre elas possuem o que desejamos, sendo assim, ninguém pode dar o que não tem e com isso elas sempre me frustrarão, mas Ele não, Ele nunca falha e se as minhas expectativas estiverem nEle, a palavra frustração não terá no meu dicionário. 
  • Também confiei em algumas pessoas, acreditando serem amigas e esperando fidelidade e companheirismo, mas o resultado foi traição e dor de levar apunhalada pelas costas. Mas, outra vez, Deus estava lá para mostrar que Ele é o meu único Amigo Verdadeiro e Fiel. 
  • Também percebi que, quando pensei estar sozinha, por não ver ninguém ao meu lado, e até em muitas noites quando as lágrimas rolaram, eu pude ver que não estava sozinha, pois o meu Deus estava comigo enxugando todas as minhas lagrimas e derramando o seu bálsamo de alegria e paz sobre mim. Deus me fez ver que todos podem me abandonar, mas o meu Deus está “comigo todos os dias até a consumação dos séculos”. 
  • Mas, eu não vi Deus somente nas situações difíceis, como está escrito em Isaías 49: 15 “Pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti”. Deus não se esqueceu de mim. Este ano, Ele me abriu muitas portas e até nas situações que pensei que não conseguiria, por me sentir incapaz, Ele me capacitou e me inspirou com o Seu Espírito Santo. Mas, ainda não acabou! Ainda há muitas promessas que se cumprirão e eu espero estar cada dia mais forte e mais disponível para Deus realizar o seu querer em mim.
Diante de tudo isso e muito mais, eu percebi que Deus é a pessoa mais importante da minha vida, que eu O amo acima de tudo e todos! Percebi que o meu foco, o meu objetivo maior é Deus, então não posso me distrair com aquilo que possa me desviar o olhar! Como está escrito em Hebreus 12:1 “Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos o embaraço...e corramos com paciência a carreira que nos está proposta. 

Diante de tudo isso e muito mais, eu percebi que Deus me Ama e o meu maior desejo é um dia poder encontra-lo nas alturas e abraçá-lo e beijá-lo! 

Eu entendi que estou numa corrida para encontrar e alcançar o meu grande Mestre, e não posso parar! Se você também quiser alcança-lo, vem comigo e vamos correr juntos a carreira que nos está proposta!!

Deus os abençoe

Pra. Kelly Cardoso

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

É PRECISO REFORMAR A REFORMA

31 de outubro: Dia da Reforma Protestante


É PRECISO REFORMAR A REFORMA


Sabe-se que no início do Século XVI, a Igreja precisava de muito dinheiro para a conclusão da Basílica de São Pedro. O então Papa Leão X assinou um documento que prescrevia a venda de Indulgências, que seriam a suprema “garantia” da absolvição dos pecados passados, presentes e futuros e dariam “segurança” eterna àqueles que q
ueriam alcançar o céu. Até mesmo aqueles que já haviam morrido podiam receber a absolvição de seus pecados, através das indulgências compradas pelos seus parentes ainda vivos.

A ideia era simples: ao mesmo tempo em que as Indulgências garantiam o perdão dos pecados e um lote no céu a quem as adquirisse, ajudariam a encher os cofres da Igreja. Os clérigos bradavam dos altares das igrejas: “Ao tilintarem as moedas no fundo da sacola, automaticamente os vossos pecados e ofensas serão perdoados, e até mesmo as almas dos vossos parentes que estão no purgatório serão levadas ao paraíso!”.

Tudo parecia ir muito bem, até que um obscuro monge chamado Martinho Lutero se insurgiu contra essa prática e conclamou a Igreja a voltar à obediência da Palavra de Deus e retornar às doutrinas e práticas cristãs primitivas, afixando as 95 Teses na porta da Catedral de Wittemberg, na Alemanha, em 31 de outubro de 1517. Esse evento desencadeou a Reforma Protestante. Aqueles que se juntaram a Lutero e se opuseram aos dogmas da Igreja foram historicamente reconhecidos como “Protestantes”.

Não pretendo aqui polemizar com os cristãos católicos, a quem respeito e amo no amor de Jesus. Mas gostaria de considerar, com a ênfase que o caso requer, que a Reforma só aconteceu porque a Igreja estava moralmente em decadência, pois distanciara-se muito do evangelho. A Igreja preocupava-se mais com as questões políticas e econômicas do que com os assuntos espirituais; ao buscar aumentar ainda mais suas riquezas, vendia indulgências, cargos eclesiásticos e relíquias, tudo como forma dos fiéis adquirirem bênçãos. E isso estava errado, e os próprios católicos reconhecem.

Passados quase quinhentos anos da Reforma Protestante, penso que não seria precipitado afirmar que, em muitos aspectos, precisamos reformar a Reforma, como filhos e herdeiros da mesma. Basta olhar a situação de não poucas igrejas ditas evangélicas. Em muitos aspectos, não estamos muito longe da decadência moral que pode preceder uma verdadeira reforma. É bom lembrar que algo precisa de reforma quando se deteriorou, ou tomou curso errado, ou se deformou. Assim, reformar é formar de novo, reconstruir, corrigir, retificar, restaurar. Em suma, reformar é fazer um “movimento para trás”, é levar algo à sua situação original. Então, meditemos sobre isto.

Os evangélicos não vendem Indulgências, mas muitos continuam proliferando ensinamentos que enganam os crentes com a promessa da salvação em troca de dinheiro e bens materiais. Não temos um papa, temos vários papas; cada denominação tem o seu. Muitos pastores vivem como se fossem “papazinhos” nos seus tronos de “infalibilidade”, ou melhor, há sempre um "reizinho" para cada feudo eclesial.

Também não temos santos e imagens, mas muitos tratam a Bíblia (ou partes dela) como “amuleto”. Não temos catecismo, mas temos uma “cartilha” de usos e costumes. Não há missa, mas temos cultos liturgicamente engessados. Não há paramentos sacerdotais, mas temos paletó e gravata. Não há reza, mas temos orações repetitivas. Não pagamos promessa, mas damos culto de ações de graça como se fosse. Não há penitência, mas temos algumas “simpatias” e “campanhas”, que muitos usam como forma de barganhar com Deus. Muitos evangélicos, como os católicos, pensam que a salvação só é conseguida na “sua” igreja.

Desse modo, não são essas mesmas coisas que indicam a nossa real necessidade de reforma? Pensemos, portanto, em quatro princípios fundamentais adotados pelos líderes da Reforma.

Primeiro: a religião deve ser baseada nas Escrituras Sagradas, pois nada substitui a autoridade da Bíblia como nossa regra de fé e prática. Nem costume, nem tradição, nem cultura. Sola Scriptura!

Segundo: a religião deve ser racional e inteligente, significando que, embora a razão esteja subordinada à revelação, a natureza racional do homem não pode ser violada por dogmas e doutrinas irracionais.

Terceiro: a religião é pessoal, ou seja, cada crente deve confessar o seu pecado diretamente a Deus, sem a necessidade de um sacerdote humano para perdoar-lhe. A adoração também é pessoal, de modo que os crentes podem ter comunhão com Deus, individualmente.

Quarto: a religião deve ser espiritual, não formalista. Isso pressupõe a volta aos princípios evangélicos de simplicidade e pureza, indicando que o crente era santificado pela presença do Espírito Santo em sua vida interior, não pela observância de formalidades e cerimônias externas.

Todos os cristãos devem ter isto sempre em mente: ao estarmos constantemente nos reformando, manteremos sempre aberto o canal para que a “multiforme graça de Deus” continue a operar na igreja e em nossas vidas “sem impedimento algum” (1 Pe 4.10; At 28.31). Soli Deo Gloria!

Texto de Samuel Câmara, pastor da Assembleia de Deus em Belém do Pará

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mateus 23: 11,12



MATEUS 23: 11,12

“Mas, o maior dentre vós será vosso servo. Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado”.

  O orgulho era o pecado amado reinante entre os fariseus, o pecado que mais facilmente os assaltava, e que Jesus era totalmente contra em todas as ocasiões. Para aquele que é ensinado é digno de elogio que honre ao que ensina; Mas, para o que ensina é pecaminoso exigir essa honra e encher-se dela. Tal fato é contrário ao espírito do cristianismo. Os fariseus, como já observamos no estudo anterior, assim o faziam. Buscavam glória e reconhecimento para si. 

  Em contraste com a exaltação dos fariseus e escribas, Jesus desafiou as normas da sociedade. Para Ele, a grandeza vem do serviço, da doação de si mesmo para servir a Deus e aos semelhantes.

              A ideia de grandeza que o mundo faz é como uma pirâmide – o grande homem se sobressai no pico, enquanto que a maior parte dos demais luta para subir para o próximo nível superior, onde há menos iguais e mais subordinados. Porém, para Cristo a ideia sobre a pirâmide se assemelha a uma pirâmide invertida; quanto mais perto alguém está do cume, maior a sua carga. Os passos da humilhação – do crente estão descritos em Fil 2: 6-8 “pois ele, subsistindo o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”. Na cruz, Jesus atingiu o cume dessa pirâmide invertida, pois foi ali que levou os pecados do mundo.

              Entre os cristãos, as perguntas: “Qual é o salário dele? Qual é a sua posição social?”, devem desaparecer para que novas perguntas venham aparecer, como exemplos: “Ele está se esquecendo de si mesmo? Mostra-se sensível para com os sofrimentos dos pobres, dos aflitos? Ele está pronto a ser o último, contanto que assim honre a Cristo?”. Era esse sentimento que Jesus esperava que os discípulos tivessem. Sentimento de servo.

               A palavra “servo”, no original grego, “diákonos”, tem o significado de garçom, ajudante, aquele que distribui ou ministra, auxiliar, assistente. Ao observarmos o texto acima, vemos que Jesus mediu a grandeza em termos de serviço, e não de posição social. Deus avalia nossa grandeza pela quantidade de pessoas que servimos, não pela quantidade de pessoas que nos servem.

            Milhares de livros têm sido escritos sobre a atividade do líder, mas poucos sobre a atividade do servo. Todos querem liderar, mas ninguém quer ser servo. 

            O serviço cristão é um dos principais dilemas enfrentados pelos cristãos, devido à inversão de valores. Muitos buscam ser aceitos por Deus baseados no serviço e se esquecem de que o relacionamento com Ele vai além daquilo que fazemos. Deus está muito mais interessado em nossa obediência e comunhão com Ele, do que no ativismo desenfreado desenvolvido pelo homem moderno.

  É possível servir na igreja durante toda uma vida sem jamais ter sido servo. Devemos ter o coração de servo.

  O apóstolo Paulo em 1 Coríntios 4: 1 diz: “Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus”. Para muitos, a palavra “ministro” tem o significado de uma pessoa que ocupa uma alta posição política e possui um grande poder e autoridade. Porém, como diz o Pastor Marcelo de Oliveira em seu livro “Reflexões sobre a vida de Paulo”, a palavra “ministro” no original é huperetes, que significa um remador de galé. Nos grandes navios romanos existiam as galés, que eram compartimentos onde trabalhavam os escravos sentenciados à morte. Aqueles escravos prestavam um serviço antes de morrer. É isso que Paulo quer ensinar à igreja de Corinto. Os ministros não devem ser colocados em pedestais, como se fossem capitães de navio, antes devem ser vistos como um escravo que serve o capitão até a morte. Nós não somos o capitão do navio, mas sim, o remador que leva o navio para frente!

  O serviço para Deus é um serviço sem salário, sem reconhecimento, sem fama, sem destaque, sem qualquer tipo de vantagem pessoal. Visa a obscuridade, e não há garantia nenhuma de que chegaremos ao final com riquezas terrenas, mas sim a certeza de termos entregue a mensagem da eterna salvação. 

  O verdadeiro serviço cristão resulta em paz e descanso da alma, e leva o cristão a gastar tempo com seu Senhor. Quando Deus está em primeiro lugar, o serviço será resultado da comunhão que há entre eles.

  Devemos fazer nossas as palavras de João Batista: “não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias”, “Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo 1: 27; 3: 30). Essas palavras expressam uma espiritualidade equilibrada com o serviço cristão.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mateus 23: 7-10



Mateus 23: 7-10

Amam .... as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens. Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem sereis chamados guias, porque um só é o vosso Guia, o Cristo”.
           
            As saudações nas praças públicas era a ambição dos fariseus. Ao passar pelas praças chamavam a atenção por sua destacada posição de mestre. Eles acreditavam, ainda, que os títulos de honra eram sinais de grandeza. 

O título “rabino” significa “meu magnífico” e era cobiçado pelos líderes religiosos. Gostavam que os chamassem “rabino” e que os tratassem com o maior respeito. De fato, exigiam mais respeito do que se manifestava para com os pais porque, segundo eles, os pais dão a vida física, comum ao homem, mas seu mestre dá a vida eterna. 

As próximas palavras de Jesus foram dirigidas especificamente aos discípulos. Os seguidores de Cristo não deveriam procurar serem chamados por esses títulos de mestre, Pai ou Guia, como os fariseus. Entretanto, esta não é uma proibição absoluta de hierarquia, ou uso apropriado de títulos, pois o próprio Paulo se intitulou “pai” dos coríntios e chama Timóteo de “filho” (1 Co 4: 15, 17). O maior mostra claramente a validade da diferença de postos. Mas, um espírito de humildade deveria governar os crentes, não a ambição egoísta dos fariseus que usurpavam para si mesmos a autoridade que pertence a Deus.

Jesus insiste em que o cristão deve recordar que só há um Mestre, que é Cristo, e só um Pai na fé, e esse pai é Deus.

Toda a intenção dos fariseus consistia em vestir-se e comportar-se de maneira a atrair a atenção. 

Neste texto, gostaria de destacar duas situações que nos chamam a atenção:

1.       A atitude do líder em relação a sua posição;

2.       A atitude do liderado em relação ao seu líder;

Na primeira situação podemos observar o amor dos fariseus em relação a sua posição. Eles amavam mais a posição do que a lealdade a Deus. Com tal atitude, passaram a servir não à Deus, mas serviam a eles mesmos. Esse é um grande perigo que tem rodeado muitos líderes, pois a fama, o status tem cercado muitos e os tem desviado do verdadeiro propósito que é a lealdade ao Senhor Jesus Cristo.

Infelizmente, muitos têm feito de seus cargos, títulos um meio de promoção pessoal e não de serviço ao Reino de Deus. Vestiram o avental da autossuficiência e perderam o amor a Deus em sua caminhada. Desculpem-me o termo que usarei agora, mas esses se colocam como “a quarta pessoa da trindade” e pensam ser uma divindade na terra. 

A glória dos homens tem levado muitos ao fracasso em sua vida espiritual e ministerial. Buscar a glória para si inflama o coração do homem e a busca de glória terrena tem levado muitos a se entregarem a mentira, corrupção e engano. Fazem qualquer atrocidade para receber mais glória e alcançar a posição almejada por seu coração enganoso. Tiago 4: 16 diz: “Mas agora vos gloriais nas vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna”.

O aposto Paulo, em sua segunda epístola aos coríntos, escreveu: “...Mas não me gabarei de mim mesmo, a não ser das coisas que mostram as minhas fraquezas. No entanto, se eu quisesse me gabar de mim mesmo, isso não seria uma loucura, porque estaria dizendo a verdade. Mas eu não me gabarei, pois quero que a opinião que as pessoas têm de mim se baseie naquilo que me viram fazer e me ouviram dizer.” O mesmo apóstolo escrevendo aos gálatas diz: “Mas, longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu, para o mundo” (Gl 6:14).

Somente Cristo é merecedor de toda glória. O objetivo do líder cristão consiste em desaparecer para que os homens ao verem suas boas obras não glorifiquem a ele, e sim a seu Pai que estás no céu. “É necessário que Ele cresça e eu diminua” (João 3: 30). Certo teólogo disse: “o lugar mais alto que o homem pode alcançar é aos pés de Cristo”. A Ele toda honra e toda glória!

Na segunda situação, relatada acima, vemos Jesus alertando aos discípulos sobre a atitude do liderado em relação ao líder. 

Deus coloca líderes espirituais na igreja, mas estes não devem tomar o lugar do Senhor em nossa vida. Um verdadeiro líder espiritual conduz as pessoas à liberdade e a um relacionamento mais próximo com Cristo, não a escravidão de suas próprias ideias, crenças e orações. É responsabilidade do líder ensinar que a verdadeira adoração é somente dada a Jesus Cristo.

Infelizmente, vemos muitos endeusando homens e mulheres apenas porque estes possuem eloquência e carisma. Há pessoas que não aceitam conselho ou até mesmo oração de outra pessoa, a não ser daquele que está em evidência. Dependendo da pessoa que for pregar muitos nem comparecem ao culto, pois agem como se apenas a pregação do “fulano de tal” fosse inspirada por Deus; somente ele é usado por Deus. Fazem, até mesmo, caravanas para verem tais homens e mulheres “de Deus”, não importam onde estejam o importante é segui-los. 

Ora, caro leitor, por acaso Deus colocou tais homens e mulheres no lugar de Jesus? Na sua ascensão Jesus disse que enviaria tais pessoas para serem seguidas? Quem são essas pessoas sem a presença de Cristo em suas vidas? Jesus deixa bem claro no texto lido: porque um só é vosso Mestre, um só é vosso Guia. Não podemos transferir o lugar de Cristo para homem algum. Somente Ele pagou o alto preço para nossa salvação? 

Homem cai, homem peca, homem se desvia do propósito de Deus, homem decepciona, mas Cristo é o único “incaível”, “impecável”, “indesviável”, “indecepcionável”. Portando, somente Ele merece toda adoração! 

“Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças. E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.” 
Ap 5: 12,13.
               


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Mateus 23: 5,6



Bom dia, daremos, hoje, continuidade ao nosso estudo do Evangelho segundo Mateus capítulo 23.

Veremos o que nos ensina Mateus 23: 5,6

“Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas. Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas” 

            Jesus expôs novamente a atitude hipócrita dos líderes religiosos, fariseus e escribas, que conheciam as Escrituras, mas não viviam de acordo com elas. O sucesso para os fariseus e escribas significava reconhecimento e louvores dos homens. Não estavam preocupados com a aprovação de Deus. Usavam a religião para atrair a atenção para si mesmos, não para glorificar a Deus. Não se preocupavam em ser santos, apenas em parecer santos, assim, eram admirados e louvados pelo povo. Esses homens faziam uso de ornamentos religiosos para demonstrar piedade e espiritualidade. Usavam filactérios e alongavam suas franjas. Mas, o que vem a ser esses ornamentos? Vejamos:


  •  Filactérios – Era uma caixa pequena de couro contendo tiras de pergaminho sobre as quais estavam escritas as palavras de Êx. 13:2-10, 11-17; Dt. 6:4-9 e 11: 13-22. Essa caixa era amarrada com fitas à testa e no braço esquerdo. À testa simbolizava que a lei estava na mente; e no braço esquerdo simbolizava que a lei estava no coração.

  •  Franjas – eram tiras de lã colocadas nas vestimentas. Em Números 15: 37-41 e em Deuteronômio 22: 12 lemos que Deus mandou a seu povo que usasse franjas nas bordas de suas vestimentas para que ao vê-las lembrassem dos mandamentos de Deus. Estas franjas se levavam nas quatro bordas do vestido exterior. Mais tarde foram levados na roupa interior e hoje subsistem no xale que o judeu piedoso usa durante suas orações. Com o passar dos tempos, as franjas foram ficando cada vez mais longas mostrando, assim, não uma recordação dos mandamentos de Deus, mas piedade e espiritualidade. Eles passaram a mostrar que quanto maior a franja, mais piedoso e espiritual eles eram.


      Além disso, os fariseus gostavam que lhes dessem os postos especiais durante as refeições, à direita e à esquerda do anfitrião. Gostavam dos primeiros assentos na sinagoga; na Palestina os últimos assentos eram ocupados pelos meninos e as pessoas sem nenhuma importância; quanto mais adiante estava o assento, maior era a honra. Os assentos mais honoráveis eram os dos anciãos de frente para a congregação. Se alguém se sentava ali, todos viam que estava presente e, durante todo o serviço, podia adotar uma pose de piedade e espiritualidade que a congregação não podia deixar de observar.

            Como são as coisas! Não vejo diferença nenhuma em nossos dias. Infelizmente, e com muito pesar no coração não posso deixar de alertar sobre uma falsa espiritualidade que temos visto. Há muitos usando “filactérios”, aumentando suas “franjas” e galgando “cadeiras especiais”. Você pode até dizer que nunca viu esses ornamentos. Mas, digo isso não de forma literal, e sim de forma simbólica. Infelizmente, o ser humano se deixa enganar pela a aparência e desta forma temos visto muita demonstração de uma espiritualidade que não possuem. Usam roupas de crente, a fala é de crente, fazem barulho de crente: “pulam, rodam, sapateiam, caem no espírito, falam em línguas estranhas”, mas na verdade não são cristãos. Esses fazem questão de mostrar um poder que não possuem e percebemos isso ao ver que ao começar um louvor, eles são os primeiros a irem para frente rodar, pular e até cair. Agora faço uma pergunta: Por que não fazem essa demonstração no lugar em que estão? Por que precisam ir à frente do altar da igreja para realizar tais atos? Não seria tal demonstração pública uma maneira de mostrar aquilo que na verdade não são? Não seriam esses os que buscam as “primeiras cadeiras nas sinagogas”, para serem vistos e admirados como homens e mulheres “espirituais”?

Ora, caro leitor, não nos deixemos ser enganados. A Bíblia relata em Mateus 12: 33b “...porque pelo fruto se conhece a árvore”. Ao observarmos os usuários de “filactérios e franjas”, aqueles que querem mostrar “espiritualidade”, percebemos que são os que mais dão mau testemunho. São aqueles que o seu comportamento não condiz com as Escrituras Sagradas. Afirmam seguir a Jesus, mas não vivem de acordo com os Seus padrões. Desta forma, a única maneira de tirar os seus maus hábitos da evidência é mostrar “espiritualidade”. 

As pessoas são enganadas por acreditar que espiritualidade é demonstração de barulho e “poder”. Mas, que poder é esse que tem a duração de apenas alguns minutos? Vemos que essas mesmas pessoas, que pularam, sapatearam, rodaram e até mesmo caíram de tanto “poder”, são aquelas que ao final do culto fazem filas para receber oração. Não foram elas que receberam tanto poder a ponto de demonstrarem fisicamente o recebimento do mesmo? Não receberam “poder do Espírito Santo”? Agora necessitam de oração do homem? 

Ora, caro leitor, não nos enganemos. A verdadeira espiritualidade é demonstração de fruto do Espírito Santo, e não necessariamente veremos alguma manifestação ou demonstração de alguma coisa. Certo dia, ouvi de um pastor, com muita experiência de vida, um exemplo muito interessante sobre isso. Ele fez uma comparação entre uma lata cheia e uma lata vazia. Ao jogar uma lata vazia por uma escada, ouviremos muito barulho, mas ela está vazia. Porém, ao jogar uma lata cheia ouviremos pouco barulho, mas ela está cheia. Da mesma forma, um crente cheio do Espírito Santo não fará muito barulho, porque ele está ocupado na sua produção de frutos. Por outro lado, o crente vazio faz muito barulho, mas não produz nenhum fruto. 

            Não adianta tentarmos mostrar ser alguém que não somos. As nossas atitudes, o nosso caráter denunciam quem somos verdadeiramente. Busquemos discernimento do Espírito Santo para não sermos enganados, porque como lemos em Mateus 24: 24 “porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos”.

            Deus os abençoem, e até amanhã na continuação de Mateus 23.