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terça-feira, 29 de novembro de 2011

MINISTÉRIO


COMPROMETENDO-SE COM O MINISTÉRIO

INTRODUÇÃO

 “Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus”. Lucas 9: 62.
“... A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”. Lucas 10: 2.

Uma das últimas recomendações de Jesus foi em relação ao envolvimento da igreja com a sua obra. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espirito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.” Mateus 28: 19,20. Ele deixa claro que o propósito da igreja é dar continuidade aquilo que Ele começou: pregar, evangelizar, ensinar, anunciar a todos os povos a salvação.

Ainda antes de ser elevado as alturas, Jesus declara que a igreja não estaria só neste propósito, mas que seria munida de um poder sobrenatural que a capacitaria para o desempenho de tal missão. “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em Judéia e Samaria, e até aos confins da Terra” (At 1:8).

 A partir daí, movida pelo grande senso de responsabilidade para com a causa cristã, a igreja assume com toda dedicação e amor, a missão que lhe foi passada, mesmo sabendo sobre os perigos que estavam por vir, incluindo a perda de suas próprias vidas! Mediante a esta atitude, a igreja foi se expandindo e, hoje podemos ver muitas pessoas se convertendo, igrejas lotadas, mas a Palavra de Deus, ainda, continua a se cumprir: “a seara é grande, mas há poucos ceifeiros”. Mediante a um crescimento tão estupendo, levanta-se uma pergunta: Onde estão os ceifeiros? Ou melhor: Onde está a igreja envolvida com a obra de Deus?

Porém, antes de falarmos sobre os ceifeiros é fundamental conhecermos a seara.

1 – Conhecendo a Seara

            As palavras de Jesus foram: “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”. Lc 10:2. Destacamos neste versículo, 2 palavras que nos esclarecerá o que é a obra de Deus e a sua necessidade.

1.1 Seara

De acordo com o Dicionário Michaelis, seara significa campo semeado, cultivado; conjunto numeroso de pessoas que aderem algum princípio benéfico.

          Jesus usa uma metáfora, várias vezes, para falar sobre a obra de Deus (Jo 4: 35  36; Mt 13: 30, 38). Ele olhou para as multidões que o seguiam e comparou-as a um campo pronto para a colheita. Quando Ele e os dirigentes religiosos ortodoxos de sua época olhavam as multidões dos homens e mulheres comuns, tinham duas maneiras, completamente distintas de vê-los.
  •  Os fariseus viam o povo como palha que devia ser queimada.
  •  Jesus os via como uma boa colheita, que devia ser colhida e entesourada.
  •  Os fariseus, em seu orgulho, esperavam a destruição dos pecadores;
  • Jesus, em seu amor morreu pela salvação dos pecadores.
 Existem milhões de pessoas que ainda não ouviram falar do amor de Jesus. Esses milhões nos cercam, eles trabalham conosco, são nossos familiares, amigos, vizinhos, pessoas que cruzam conosco diariamente nas ruas; pessoas que quando conversamos com elas, “riem para não chorar”, pessoas que estão desesperadas, que vivem cheias de problemas existenciais e familiares, temores e insegurança quanto ao futuro. Muitos estão prontos para entregar sua vida a Cristo, mas é preciso que alguém lhes mostre como fazê-lo. Esta é a grande seara que precisa ser enxergada com olhares daqueles que desejam se envolver com a obra de Deus. 

1.2 – Rogar

            Jesus usa o verbo “rogar” para anunciar a necessidade da seara. Este verbo tem o significado de pedir com insistência, suplicar, implorar.

            Para Jesus a urgência da colheita exigia pressa: “Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias; e a ninguém saudeis pelo caminho”. (Lc 10:4).

O mundo precisa urgentemente (de você), de pessoas que tragam socorro e auxílio, palavras de vida e de amor, que estimulem os outros com palavras de salvação! Não há mais tempo para esperar. Exemplos de urgência:

·         João 4: 35 – É preciso erguer os olhos para as grandes necessidades deste mundo.
·        Isaias 6: 8 – O próprio Deus está a procura de pessoas que compreendam a urgência de Sua obra e se disponha.
·         Joel 3: 12-14 – O dia do Senhor está próximo e muitas vidas clamam por socorro. 


A seara é grande e poucos são os ceifeiros… Precisamos nos preocupar com as almas que estão se perdendo, Jesus estava preocupado, e rogava ao Pai, para enviar ceifeiros!…

Muitos poderão ser salvos se alguém tão somente lhes falar de Jesus.

2 – Conhecendo os Ceifeiros

     A colheita nunca será efetuada a menos que haja ceifeiros que façam o trabalho. Uma das resplandecentes verdades fundamentais da fé cristã é que  Jesus Cristo necessita de homens e mulheres. Ainda quer que os homens escutem as boas novas do Evangelho, mas ninguém ouvirá nada a menos que haja homens e mulheres que o comuniquem.

         A oração não basta. Alguém poderia dizer: "Orarei pela vinda do Reino de Cristo todos os dias de minha vida." Mas neste caso, como em tantos outros, a oração que não vai acompanhada pela ação carece de valor algum. 

Sendo assim, quem são os ceifeiros? Onde estão os ceifeiros?

2.1 – Trabalhadores X Voluntários

            De acordo com a metáfora usada por Jesus em Lucas 10, os ceifeiros são os trabalhadores da Obra de Deus. Atualmente, ouvimos muitos dizerem que são voluntários na Obra de Deus, outros diz serem trabalhadores. Mas, ao analisarmos cada uma dessas palavras podemos observar que há uma grande diferença entre trabalhador e voluntário. Vejamos a seguir:

            Trabalhador é aquele que se dedica, se empenha a uma atividade; indivíduo ativo; aquele que se esforça para obter algo; empregado, obreiro, funcionário.

            Voluntário é aquele que só age de acordo com a sua própria vontade e sem interesse; aquele que deixa o seu livre-arbítrio fazer ou deixar de fazer.

Quando Jesus pede para rogar ao Senhor para que mande ceifeiros, ele tinha consciência de que a seara necessitava de trabalhadores, pessoas comprometidas e não de voluntários.

Nesta época não faltava autoridades religiosas. Grande porcentagem do povo de Israel se ocupava das questões religiosas no templo, nas sinagogas, nas casas e nas ruas. A despeito disso, na avaliação de Jesus, os trabalhadores eram poucos na seara. Desse exemplo aprendemos que a organização religiosa e a aparência religiosa do povo não garantem a existência dos trabalhadores autênticos do Evangelho, ou que haja ceifa.

Parece que Jesus distinguia entre aparência e o número das atividades religiosas e os resultados verdadeiros no empreendimento evangélico. (1 Sm 16: 7; Mt 15: 8,9; Tg 1: 22-25; Ap 3:1).

2.2 – Onde estão os ceifeiros?

“... Poucos são os ceifeiros” (Lc 10:2). Diante de tais palavras de Jesus, levanta-se um questionamento: Qual seria a causa de sempre haver poucos ceifeiros?

·         Ageu 1:9 – Estamos mais interessados em Deus fazer o que queremos, do que em fazermos o que Deus quer.

·         Mateus 24: 12 – Falta de amor

·     Mateus 7: 13,14 – As pessoas estão mistificadas com o mundo, pouco se interessam em ceifar, a porta larga atrai mais crentes.

·         2 Tm 3: 1-5; 1 Pe 4: 18 – A Palavra de Deus nos mostra que ser ceifeiro é muito difícil, e são poucos os que almejam ser.

·   Apocalipse 2: 4; 1 Coríntios 15: 58; 2 Crônicas 15:7 – O tempo tem levado muitos a desanimarem e a se acomodarem espiritualmente. Contudo isso, a Palavra de Deus não passa (Mt 5: 18), ela continua a procura de homens e mulheres que se comprometam com essa grande Obra. “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: “Como são belos os pés dos que anunciam boas novas.””  Rm 10: 14,15

2.3 – Que tipo de obreiro que o Senhor Jesus deseja no seu ministério?

2.3.1 – Aquele que prega o Evangelho do Reino (Mt 9: 35; 2 Tm 2: 15)

O obreiro que Jesus deseja em seu ministério, é aquele que prega sobre o que Deus é, e o que Ele promete para as pessoas (Gl 1: 8,9; Ap 22:18; Dt 4: 2). É por isto que o obreiro deve usar a Bíblia como base, deve saber maneja-la profundamente.

É a vontade de Deus que a mesma Palavra se passe de geração em geração. O apóstolo Paulo disse: “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir à outros”. 2 Tm 2:2. Deus não quer que novas gerações ensinem coisas novas (2 Tm 3: 14,15).

O obreiro que Jesus procura é aquele que diz a Verdade, prega e espalha a Verdade (At 4: 19,20; 2 Tm 4: 2-5).

2.3.2 – Aquele que cura os enfermos e, expulsa os demônios (Mt 10: 1,8; Lc 24: 49; At: 1:8)
Jesus quer que seus obreiros lutem contra as forças malignas, expulsando os espíritos e curando os enfermos. A pregação do Reino de Deus deve ser acompanhada da manifestação do poder de Deus contra as forças do pecado, das enfermidades e de Satanás. Foi para isso que os discípulos foram munidos de poder do Espírito Santo.

Atos 1: 8 – “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo...” Virtude, no original grego, é dunamis o qual significa poder real, poder em ação. Isto é mais do que força ou capacidade. É o poder divino em ação.

O obreiro que Jesus deseja em sua obra é aquele que compreende que o Evangelho é poder de Deus para salvação (Rm 1: 16) e se coloca a disposição.

2.3.3 – Exemplos a serem seguidos

            A Bíblia relata vários homens e mulheres que entenderam a necessidade e a urgência da seara de Deus, e se colocaram a disposição para ser os trabalhadores desta obra. Vejamos alguns exemplos:

    • Profeta Isaias – Is 6: 8
    • Josué – Js 1: 1,2; 3:1, 7
    • Pedro – At 2: 14
    • José – Gn 41: 38
    •  Samuel – 1 Sm 3: 10
    •  Neemias – Ne 2: 4,5
    • Maria Madalena, Joana e Suzana – Lc 8: 1-3 Joana foi curada de uma enfermidade não registrada ou de um espírito maligno que controlava sua vida. Ela tomou uma decisão de seguir Jesus e investir financeiramente no ministério de Cristo.
    • Priscila e Áquila – At 18: 26, Rm 16: 3
    • Trifena e Trifosa – Rm 16: 12.
    • Evódia e Síntique – Fp 4: 2,3 Estas mulheres estavam envolvidas na construção da igreja de Filipos em torno do ano 61 d.C.
    •  A Samaritana – Jo 4: 28-30 Mulher evangelista, que com sabedoria e graça levou uma cidade inteira a conhecer Jesus.
    • Débora – Jz 4: 4,9 – foi juíza em Israel.

 3 – Comprometendo-se com o Ministério

            “Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus”. Lucas 9: 62.

          O lavrador diz que é impossível arar, fazendo uma linha reta, se este de vez em quando olha para trás. Para que o trabalho saia bem feito, o seu olhar não pode ser desviado. Essa tarefa requer muita atenção do lavrador. Nesse texto, Jesus ilustra o propósito de tornar-se discípulo, Para Ele é vão e sem sentido esse propósito se não for levado as suas últimas consequências e de maneira correta.

        Aquele que ara a terra pode ficar cansado ou até mesmo fatigado devido ao sol durante seu trabalho, mas ele não pode olhar para trás, pois desta forma seu trabalho não sairá com perfeição.

     Mediante as palavras de Jesus, compreendemos que o Reino de Deus necessita de pessoas comprometidas com Jesus, que o seguem a todo e qualquer preço, que dizem sim de verdade. Pessoas que tome a sua posição de trabalhador do Reino e de maneira nenhuma pense em voltar atrás. Aquele que se colocam a disposição do Reino pode até mesmo, em algum momento, cansar ou fatigar, mas Jesus nos alertou: “... no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” Jo 16: 33b.

            Comprometer-se com o Reino de Deus é um caminho sem volta. Nada deve atrapalhar o seu serviço (Ne 6: 3; 2 Tm 2: 4,5; 1 Co 9: 25,26; Hb 10: 38,39; 12: 1).

Comprometimento diz respeito ao zelo que temos com nosso chamado. “Tão-somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares. Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido.” (Josué 1.7-8).  O fracasso nesta área pode comprometer todo o projeto.



CONCLUSÃO

  
É bem possível ser chamado por Deus e ter consciência disso. Entretanto, se o chamado e a visão forem negligenciados e o comprometimento não for integro, não haverá sucesso no empreendimento.

O comprometido é aquele que ouve a voz do Senhor e obedece como Isaias que disse: “Eis me aqui, envia-me a mim” (Is 6:8). Estas palavras são demonstração do que é ouvir e se dispor a atender o chamado de Deus; é demonstração de entrar na obediência e fazer segundo a Sua vontade que é um privilégio daqueles que são fieis e não se envergonham diante desse chamado.

O senhor está nos chamando para mudar a nossa realidade, de homem de lábios impuros, passarmos a ser pregadores do evangelho da salvação. Entendamos que somos planos de Deus, e aqui estamos para fazer a sua vontade. Se hoje ouvires a voz do Senhor, não endureçais os vossos corações (Hb 3: 15).

“Eu amo aos que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão. Riquezas e honras estão comigo; sim, riquezas duráveis e justiça. Melhor é o meu fruto do que o ouro, sim, do que o ouro refinado; e as minhas novidades melhores do que a prata escolhida. Faço andar pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo, para fazer herdar bens permanentes aos que me amam, e encher os seus tesouros. .... Agora, pois, filhos, ouví-me, por que bem-aventurados serão os que guardarem os meus caminhos.” Provérbios 8: 17-21, 32.


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