Bem Vindo

Olá, seja bem vindo em meu blog! Espero que sejas edificados com os estudos e artigos encontrados aqui.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mateus 23: 11,12



MATEUS 23: 11,12

“Mas, o maior dentre vós será vosso servo. Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado”.

  O orgulho era o pecado amado reinante entre os fariseus, o pecado que mais facilmente os assaltava, e que Jesus era totalmente contra em todas as ocasiões. Para aquele que é ensinado é digno de elogio que honre ao que ensina; Mas, para o que ensina é pecaminoso exigir essa honra e encher-se dela. Tal fato é contrário ao espírito do cristianismo. Os fariseus, como já observamos no estudo anterior, assim o faziam. Buscavam glória e reconhecimento para si. 

  Em contraste com a exaltação dos fariseus e escribas, Jesus desafiou as normas da sociedade. Para Ele, a grandeza vem do serviço, da doação de si mesmo para servir a Deus e aos semelhantes.

              A ideia de grandeza que o mundo faz é como uma pirâmide – o grande homem se sobressai no pico, enquanto que a maior parte dos demais luta para subir para o próximo nível superior, onde há menos iguais e mais subordinados. Porém, para Cristo a ideia sobre a pirâmide se assemelha a uma pirâmide invertida; quanto mais perto alguém está do cume, maior a sua carga. Os passos da humilhação – do crente estão descritos em Fil 2: 6-8 “pois ele, subsistindo o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”. Na cruz, Jesus atingiu o cume dessa pirâmide invertida, pois foi ali que levou os pecados do mundo.

              Entre os cristãos, as perguntas: “Qual é o salário dele? Qual é a sua posição social?”, devem desaparecer para que novas perguntas venham aparecer, como exemplos: “Ele está se esquecendo de si mesmo? Mostra-se sensível para com os sofrimentos dos pobres, dos aflitos? Ele está pronto a ser o último, contanto que assim honre a Cristo?”. Era esse sentimento que Jesus esperava que os discípulos tivessem. Sentimento de servo.

               A palavra “servo”, no original grego, “diákonos”, tem o significado de garçom, ajudante, aquele que distribui ou ministra, auxiliar, assistente. Ao observarmos o texto acima, vemos que Jesus mediu a grandeza em termos de serviço, e não de posição social. Deus avalia nossa grandeza pela quantidade de pessoas que servimos, não pela quantidade de pessoas que nos servem.

            Milhares de livros têm sido escritos sobre a atividade do líder, mas poucos sobre a atividade do servo. Todos querem liderar, mas ninguém quer ser servo. 

            O serviço cristão é um dos principais dilemas enfrentados pelos cristãos, devido à inversão de valores. Muitos buscam ser aceitos por Deus baseados no serviço e se esquecem de que o relacionamento com Ele vai além daquilo que fazemos. Deus está muito mais interessado em nossa obediência e comunhão com Ele, do que no ativismo desenfreado desenvolvido pelo homem moderno.

  É possível servir na igreja durante toda uma vida sem jamais ter sido servo. Devemos ter o coração de servo.

  O apóstolo Paulo em 1 Coríntios 4: 1 diz: “Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus”. Para muitos, a palavra “ministro” tem o significado de uma pessoa que ocupa uma alta posição política e possui um grande poder e autoridade. Porém, como diz o Pastor Marcelo de Oliveira em seu livro “Reflexões sobre a vida de Paulo”, a palavra “ministro” no original é huperetes, que significa um remador de galé. Nos grandes navios romanos existiam as galés, que eram compartimentos onde trabalhavam os escravos sentenciados à morte. Aqueles escravos prestavam um serviço antes de morrer. É isso que Paulo quer ensinar à igreja de Corinto. Os ministros não devem ser colocados em pedestais, como se fossem capitães de navio, antes devem ser vistos como um escravo que serve o capitão até a morte. Nós não somos o capitão do navio, mas sim, o remador que leva o navio para frente!

  O serviço para Deus é um serviço sem salário, sem reconhecimento, sem fama, sem destaque, sem qualquer tipo de vantagem pessoal. Visa a obscuridade, e não há garantia nenhuma de que chegaremos ao final com riquezas terrenas, mas sim a certeza de termos entregue a mensagem da eterna salvação. 

  O verdadeiro serviço cristão resulta em paz e descanso da alma, e leva o cristão a gastar tempo com seu Senhor. Quando Deus está em primeiro lugar, o serviço será resultado da comunhão que há entre eles.

  Devemos fazer nossas as palavras de João Batista: “não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias”, “Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo 1: 27; 3: 30). Essas palavras expressam uma espiritualidade equilibrada com o serviço cristão.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mateus 23: 7-10



Mateus 23: 7-10

Amam .... as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens. Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem sereis chamados guias, porque um só é o vosso Guia, o Cristo”.
           
            As saudações nas praças públicas era a ambição dos fariseus. Ao passar pelas praças chamavam a atenção por sua destacada posição de mestre. Eles acreditavam, ainda, que os títulos de honra eram sinais de grandeza. 

O título “rabino” significa “meu magnífico” e era cobiçado pelos líderes religiosos. Gostavam que os chamassem “rabino” e que os tratassem com o maior respeito. De fato, exigiam mais respeito do que se manifestava para com os pais porque, segundo eles, os pais dão a vida física, comum ao homem, mas seu mestre dá a vida eterna. 

As próximas palavras de Jesus foram dirigidas especificamente aos discípulos. Os seguidores de Cristo não deveriam procurar serem chamados por esses títulos de mestre, Pai ou Guia, como os fariseus. Entretanto, esta não é uma proibição absoluta de hierarquia, ou uso apropriado de títulos, pois o próprio Paulo se intitulou “pai” dos coríntios e chama Timóteo de “filho” (1 Co 4: 15, 17). O maior mostra claramente a validade da diferença de postos. Mas, um espírito de humildade deveria governar os crentes, não a ambição egoísta dos fariseus que usurpavam para si mesmos a autoridade que pertence a Deus.

Jesus insiste em que o cristão deve recordar que só há um Mestre, que é Cristo, e só um Pai na fé, e esse pai é Deus.

Toda a intenção dos fariseus consistia em vestir-se e comportar-se de maneira a atrair a atenção. 

Neste texto, gostaria de destacar duas situações que nos chamam a atenção:

1.       A atitude do líder em relação a sua posição;

2.       A atitude do liderado em relação ao seu líder;

Na primeira situação podemos observar o amor dos fariseus em relação a sua posição. Eles amavam mais a posição do que a lealdade a Deus. Com tal atitude, passaram a servir não à Deus, mas serviam a eles mesmos. Esse é um grande perigo que tem rodeado muitos líderes, pois a fama, o status tem cercado muitos e os tem desviado do verdadeiro propósito que é a lealdade ao Senhor Jesus Cristo.

Infelizmente, muitos têm feito de seus cargos, títulos um meio de promoção pessoal e não de serviço ao Reino de Deus. Vestiram o avental da autossuficiência e perderam o amor a Deus em sua caminhada. Desculpem-me o termo que usarei agora, mas esses se colocam como “a quarta pessoa da trindade” e pensam ser uma divindade na terra. 

A glória dos homens tem levado muitos ao fracasso em sua vida espiritual e ministerial. Buscar a glória para si inflama o coração do homem e a busca de glória terrena tem levado muitos a se entregarem a mentira, corrupção e engano. Fazem qualquer atrocidade para receber mais glória e alcançar a posição almejada por seu coração enganoso. Tiago 4: 16 diz: “Mas agora vos gloriais nas vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna”.

O aposto Paulo, em sua segunda epístola aos coríntos, escreveu: “...Mas não me gabarei de mim mesmo, a não ser das coisas que mostram as minhas fraquezas. No entanto, se eu quisesse me gabar de mim mesmo, isso não seria uma loucura, porque estaria dizendo a verdade. Mas eu não me gabarei, pois quero que a opinião que as pessoas têm de mim se baseie naquilo que me viram fazer e me ouviram dizer.” O mesmo apóstolo escrevendo aos gálatas diz: “Mas, longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu, para o mundo” (Gl 6:14).

Somente Cristo é merecedor de toda glória. O objetivo do líder cristão consiste em desaparecer para que os homens ao verem suas boas obras não glorifiquem a ele, e sim a seu Pai que estás no céu. “É necessário que Ele cresça e eu diminua” (João 3: 30). Certo teólogo disse: “o lugar mais alto que o homem pode alcançar é aos pés de Cristo”. A Ele toda honra e toda glória!

Na segunda situação, relatada acima, vemos Jesus alertando aos discípulos sobre a atitude do liderado em relação ao líder. 

Deus coloca líderes espirituais na igreja, mas estes não devem tomar o lugar do Senhor em nossa vida. Um verdadeiro líder espiritual conduz as pessoas à liberdade e a um relacionamento mais próximo com Cristo, não a escravidão de suas próprias ideias, crenças e orações. É responsabilidade do líder ensinar que a verdadeira adoração é somente dada a Jesus Cristo.

Infelizmente, vemos muitos endeusando homens e mulheres apenas porque estes possuem eloquência e carisma. Há pessoas que não aceitam conselho ou até mesmo oração de outra pessoa, a não ser daquele que está em evidência. Dependendo da pessoa que for pregar muitos nem comparecem ao culto, pois agem como se apenas a pregação do “fulano de tal” fosse inspirada por Deus; somente ele é usado por Deus. Fazem, até mesmo, caravanas para verem tais homens e mulheres “de Deus”, não importam onde estejam o importante é segui-los. 

Ora, caro leitor, por acaso Deus colocou tais homens e mulheres no lugar de Jesus? Na sua ascensão Jesus disse que enviaria tais pessoas para serem seguidas? Quem são essas pessoas sem a presença de Cristo em suas vidas? Jesus deixa bem claro no texto lido: porque um só é vosso Mestre, um só é vosso Guia. Não podemos transferir o lugar de Cristo para homem algum. Somente Ele pagou o alto preço para nossa salvação? 

Homem cai, homem peca, homem se desvia do propósito de Deus, homem decepciona, mas Cristo é o único “incaível”, “impecável”, “indesviável”, “indecepcionável”. Portando, somente Ele merece toda adoração! 

“Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças. E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.” 
Ap 5: 12,13.
               


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Mateus 23: 5,6



Bom dia, daremos, hoje, continuidade ao nosso estudo do Evangelho segundo Mateus capítulo 23.

Veremos o que nos ensina Mateus 23: 5,6

“Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas. Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas” 

            Jesus expôs novamente a atitude hipócrita dos líderes religiosos, fariseus e escribas, que conheciam as Escrituras, mas não viviam de acordo com elas. O sucesso para os fariseus e escribas significava reconhecimento e louvores dos homens. Não estavam preocupados com a aprovação de Deus. Usavam a religião para atrair a atenção para si mesmos, não para glorificar a Deus. Não se preocupavam em ser santos, apenas em parecer santos, assim, eram admirados e louvados pelo povo. Esses homens faziam uso de ornamentos religiosos para demonstrar piedade e espiritualidade. Usavam filactérios e alongavam suas franjas. Mas, o que vem a ser esses ornamentos? Vejamos:


  •  Filactérios – Era uma caixa pequena de couro contendo tiras de pergaminho sobre as quais estavam escritas as palavras de Êx. 13:2-10, 11-17; Dt. 6:4-9 e 11: 13-22. Essa caixa era amarrada com fitas à testa e no braço esquerdo. À testa simbolizava que a lei estava na mente; e no braço esquerdo simbolizava que a lei estava no coração.

  •  Franjas – eram tiras de lã colocadas nas vestimentas. Em Números 15: 37-41 e em Deuteronômio 22: 12 lemos que Deus mandou a seu povo que usasse franjas nas bordas de suas vestimentas para que ao vê-las lembrassem dos mandamentos de Deus. Estas franjas se levavam nas quatro bordas do vestido exterior. Mais tarde foram levados na roupa interior e hoje subsistem no xale que o judeu piedoso usa durante suas orações. Com o passar dos tempos, as franjas foram ficando cada vez mais longas mostrando, assim, não uma recordação dos mandamentos de Deus, mas piedade e espiritualidade. Eles passaram a mostrar que quanto maior a franja, mais piedoso e espiritual eles eram.


      Além disso, os fariseus gostavam que lhes dessem os postos especiais durante as refeições, à direita e à esquerda do anfitrião. Gostavam dos primeiros assentos na sinagoga; na Palestina os últimos assentos eram ocupados pelos meninos e as pessoas sem nenhuma importância; quanto mais adiante estava o assento, maior era a honra. Os assentos mais honoráveis eram os dos anciãos de frente para a congregação. Se alguém se sentava ali, todos viam que estava presente e, durante todo o serviço, podia adotar uma pose de piedade e espiritualidade que a congregação não podia deixar de observar.

            Como são as coisas! Não vejo diferença nenhuma em nossos dias. Infelizmente, e com muito pesar no coração não posso deixar de alertar sobre uma falsa espiritualidade que temos visto. Há muitos usando “filactérios”, aumentando suas “franjas” e galgando “cadeiras especiais”. Você pode até dizer que nunca viu esses ornamentos. Mas, digo isso não de forma literal, e sim de forma simbólica. Infelizmente, o ser humano se deixa enganar pela a aparência e desta forma temos visto muita demonstração de uma espiritualidade que não possuem. Usam roupas de crente, a fala é de crente, fazem barulho de crente: “pulam, rodam, sapateiam, caem no espírito, falam em línguas estranhas”, mas na verdade não são cristãos. Esses fazem questão de mostrar um poder que não possuem e percebemos isso ao ver que ao começar um louvor, eles são os primeiros a irem para frente rodar, pular e até cair. Agora faço uma pergunta: Por que não fazem essa demonstração no lugar em que estão? Por que precisam ir à frente do altar da igreja para realizar tais atos? Não seria tal demonstração pública uma maneira de mostrar aquilo que na verdade não são? Não seriam esses os que buscam as “primeiras cadeiras nas sinagogas”, para serem vistos e admirados como homens e mulheres “espirituais”?

Ora, caro leitor, não nos deixemos ser enganados. A Bíblia relata em Mateus 12: 33b “...porque pelo fruto se conhece a árvore”. Ao observarmos os usuários de “filactérios e franjas”, aqueles que querem mostrar “espiritualidade”, percebemos que são os que mais dão mau testemunho. São aqueles que o seu comportamento não condiz com as Escrituras Sagradas. Afirmam seguir a Jesus, mas não vivem de acordo com os Seus padrões. Desta forma, a única maneira de tirar os seus maus hábitos da evidência é mostrar “espiritualidade”. 

As pessoas são enganadas por acreditar que espiritualidade é demonstração de barulho e “poder”. Mas, que poder é esse que tem a duração de apenas alguns minutos? Vemos que essas mesmas pessoas, que pularam, sapatearam, rodaram e até mesmo caíram de tanto “poder”, são aquelas que ao final do culto fazem filas para receber oração. Não foram elas que receberam tanto poder a ponto de demonstrarem fisicamente o recebimento do mesmo? Não receberam “poder do Espírito Santo”? Agora necessitam de oração do homem? 

Ora, caro leitor, não nos enganemos. A verdadeira espiritualidade é demonstração de fruto do Espírito Santo, e não necessariamente veremos alguma manifestação ou demonstração de alguma coisa. Certo dia, ouvi de um pastor, com muita experiência de vida, um exemplo muito interessante sobre isso. Ele fez uma comparação entre uma lata cheia e uma lata vazia. Ao jogar uma lata vazia por uma escada, ouviremos muito barulho, mas ela está vazia. Porém, ao jogar uma lata cheia ouviremos pouco barulho, mas ela está cheia. Da mesma forma, um crente cheio do Espírito Santo não fará muito barulho, porque ele está ocupado na sua produção de frutos. Por outro lado, o crente vazio faz muito barulho, mas não produz nenhum fruto. 

            Não adianta tentarmos mostrar ser alguém que não somos. As nossas atitudes, o nosso caráter denunciam quem somos verdadeiramente. Busquemos discernimento do Espírito Santo para não sermos enganados, porque como lemos em Mateus 24: 24 “porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos”.

            Deus os abençoem, e até amanhã na continuação de Mateus 23.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mateus 23



Bom dia a todos!  A partir de hoje começaremos um estudo sobre o Evangelho Segundo Mateus capítulo 23. Talvez você esteja perguntando: Por que Mateus 23? Por que não outro capítulo, ou outro Evangelho? 

Bom, a resposta para tal pergunta é simples. O texto escolhido está bem propício para os nossos dias. Veremos que o capítulo escolhido parece ser escrito para os dias atuais. O objetivo do CET Gamaliel, caro leitor, é nos transportar para a essência da Palavra de Deus e deixar que ela transforme nossas mentes e corações para o Evangelho genuíno.

Hoje, estudaremos Mateus 23: 1-3

“Então, falou Jesus às multidões e aos seus discípulos: Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem.”

            Esta mensagem é a última mensagem pública de Jesus, a qual Ele faz uma acusação severa sobre a falsa religião ostentada como verdade. Jesus direciona a mensagem às multidões e aos discípulos orientando-os a respeito dos fariseus e escribas. Quem eram esses? Vejamos:

·         Os fariseus eram a massa do povo, eles eram contra a “aliança” com os gregos. Achavam que o homem deveria viver como judeu entre judeus e expulsar todo impuro e herege. Essa atitude deu-lhe o nome de “perushim”, os separados.

·         Os escribas, originalmente eram os copistas e intérpretes da lei.  Com o passar dos tempos os escribas destruíram o verdadeiro significado da interpretação e exposição das Escrituras.

No texto acima, observamos Jesus dizer que os grupos mencionados anteriormente, fariseus e escribas, haviam tomado sobre si uma autoridade que não lhes era devida, pois diz: “Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e fariseus” O termo “cadeira de Moisés” provavelmente é uma alusão à cadeira que havia na sinagoga, onde o mestre autorizado se assentava a fim de ensinar a lei, e tal lugar era assim denominado por causa da ideia de que o orador exercia a “autoridade” de Moisés. Porém, não há lugar nas Escrituras que Deus tenha dado qualquer autoridade a esses grupos. Desta forma, o povo deveria obedecer ao que os fariseus ensinavam pela Palavra, e não as tradições e regras criadas pelos fariseus.

As tradições dos fariseus, bem como a interpretação e aplicação de suas leis, tornaram-se para eles tão importante quanto a Lei de Deus. As leis farisaicas não eram totalmente más, algumas eram até benéficas, porém alguns líderes religiosos tomavam algumas atitudes que traziam alguns problemas. Tais atitudes eram:


  • ·         Sustentavam a ideia de que as leis elaboradas por homens eram iguais às criadas por Deus;

  • ·         Recomendavam a todos que obedecesse a suas leis, porém eles mesmos não respeitavam;

  • ·         Obedeciam às leis não para honrar a Deus, mas para terem uma aparência de homens justos.

Jesus não condenou o que os fariseus ensinavam, mas a hipocrisia deles.

            Caro leitor, diante desse estudo, podemos ver como a Palavra de Deus se renova constantemente. Hoje não é diferente, muitos líderes assumiram uma autoridade que não foi dada por Deus. Criam ritos, revelações falsas que não estão na Bíblia, dizendo ser ordem revelada por Deus. Enganam o povo; os guiam por um caminho que não é o caminho de Deus. Colocam palavras na boca de Deus, através de uma falsa profecia, por não terem como provar a verdade do que dizem através da Bíblia Sagrada. Usam da profecia, como se fosse o próprio Deus falando e desta forma, quem irá contra o que Deus falou?  Fazem de suas palavras leis, regras e aquele que se recusa a obedecer, por conhecer a Verdade do Evangelho, é excluído e tido como rebelde. Tais líderes não são usados por Deus, mas usam Deus para serem servidos. Esses não honram a Deus, até falam como homens e mulheres de Deus, possuem eloquência, carisma, tem aparência de pessoas consagradas a Deus, mas a verdade é que estão buscando não a salvação de almas, e sim uma adoração pessoal. Hipócritas, enganadores, mentirosos, falam e não fazem. Esses não estavam preparados para assumir tal função e desviaram a verdade da Palavra. Jeremias 23: 1-4 diz: “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas....” Fujamos dos tais, e busquemos a Verdade das Escrituras Sagradas, pois somente através dela é que chegaremos à nossa nova morada que é o céu.

            Deus os abençoe! Até amanhã na continuação de Mateus 23.