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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Mateus 23: 5,6



Bom dia, daremos, hoje, continuidade ao nosso estudo do Evangelho segundo Mateus capítulo 23.

Veremos o que nos ensina Mateus 23: 5,6

“Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas. Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas” 

            Jesus expôs novamente a atitude hipócrita dos líderes religiosos, fariseus e escribas, que conheciam as Escrituras, mas não viviam de acordo com elas. O sucesso para os fariseus e escribas significava reconhecimento e louvores dos homens. Não estavam preocupados com a aprovação de Deus. Usavam a religião para atrair a atenção para si mesmos, não para glorificar a Deus. Não se preocupavam em ser santos, apenas em parecer santos, assim, eram admirados e louvados pelo povo. Esses homens faziam uso de ornamentos religiosos para demonstrar piedade e espiritualidade. Usavam filactérios e alongavam suas franjas. Mas, o que vem a ser esses ornamentos? Vejamos:


  •  Filactérios – Era uma caixa pequena de couro contendo tiras de pergaminho sobre as quais estavam escritas as palavras de Êx. 13:2-10, 11-17; Dt. 6:4-9 e 11: 13-22. Essa caixa era amarrada com fitas à testa e no braço esquerdo. À testa simbolizava que a lei estava na mente; e no braço esquerdo simbolizava que a lei estava no coração.

  •  Franjas – eram tiras de lã colocadas nas vestimentas. Em Números 15: 37-41 e em Deuteronômio 22: 12 lemos que Deus mandou a seu povo que usasse franjas nas bordas de suas vestimentas para que ao vê-las lembrassem dos mandamentos de Deus. Estas franjas se levavam nas quatro bordas do vestido exterior. Mais tarde foram levados na roupa interior e hoje subsistem no xale que o judeu piedoso usa durante suas orações. Com o passar dos tempos, as franjas foram ficando cada vez mais longas mostrando, assim, não uma recordação dos mandamentos de Deus, mas piedade e espiritualidade. Eles passaram a mostrar que quanto maior a franja, mais piedoso e espiritual eles eram.


      Além disso, os fariseus gostavam que lhes dessem os postos especiais durante as refeições, à direita e à esquerda do anfitrião. Gostavam dos primeiros assentos na sinagoga; na Palestina os últimos assentos eram ocupados pelos meninos e as pessoas sem nenhuma importância; quanto mais adiante estava o assento, maior era a honra. Os assentos mais honoráveis eram os dos anciãos de frente para a congregação. Se alguém se sentava ali, todos viam que estava presente e, durante todo o serviço, podia adotar uma pose de piedade e espiritualidade que a congregação não podia deixar de observar.

            Como são as coisas! Não vejo diferença nenhuma em nossos dias. Infelizmente, e com muito pesar no coração não posso deixar de alertar sobre uma falsa espiritualidade que temos visto. Há muitos usando “filactérios”, aumentando suas “franjas” e galgando “cadeiras especiais”. Você pode até dizer que nunca viu esses ornamentos. Mas, digo isso não de forma literal, e sim de forma simbólica. Infelizmente, o ser humano se deixa enganar pela a aparência e desta forma temos visto muita demonstração de uma espiritualidade que não possuem. Usam roupas de crente, a fala é de crente, fazem barulho de crente: “pulam, rodam, sapateiam, caem no espírito, falam em línguas estranhas”, mas na verdade não são cristãos. Esses fazem questão de mostrar um poder que não possuem e percebemos isso ao ver que ao começar um louvor, eles são os primeiros a irem para frente rodar, pular e até cair. Agora faço uma pergunta: Por que não fazem essa demonstração no lugar em que estão? Por que precisam ir à frente do altar da igreja para realizar tais atos? Não seria tal demonstração pública uma maneira de mostrar aquilo que na verdade não são? Não seriam esses os que buscam as “primeiras cadeiras nas sinagogas”, para serem vistos e admirados como homens e mulheres “espirituais”?

Ora, caro leitor, não nos deixemos ser enganados. A Bíblia relata em Mateus 12: 33b “...porque pelo fruto se conhece a árvore”. Ao observarmos os usuários de “filactérios e franjas”, aqueles que querem mostrar “espiritualidade”, percebemos que são os que mais dão mau testemunho. São aqueles que o seu comportamento não condiz com as Escrituras Sagradas. Afirmam seguir a Jesus, mas não vivem de acordo com os Seus padrões. Desta forma, a única maneira de tirar os seus maus hábitos da evidência é mostrar “espiritualidade”. 

As pessoas são enganadas por acreditar que espiritualidade é demonstração de barulho e “poder”. Mas, que poder é esse que tem a duração de apenas alguns minutos? Vemos que essas mesmas pessoas, que pularam, sapatearam, rodaram e até mesmo caíram de tanto “poder”, são aquelas que ao final do culto fazem filas para receber oração. Não foram elas que receberam tanto poder a ponto de demonstrarem fisicamente o recebimento do mesmo? Não receberam “poder do Espírito Santo”? Agora necessitam de oração do homem? 

Ora, caro leitor, não nos enganemos. A verdadeira espiritualidade é demonstração de fruto do Espírito Santo, e não necessariamente veremos alguma manifestação ou demonstração de alguma coisa. Certo dia, ouvi de um pastor, com muita experiência de vida, um exemplo muito interessante sobre isso. Ele fez uma comparação entre uma lata cheia e uma lata vazia. Ao jogar uma lata vazia por uma escada, ouviremos muito barulho, mas ela está vazia. Porém, ao jogar uma lata cheia ouviremos pouco barulho, mas ela está cheia. Da mesma forma, um crente cheio do Espírito Santo não fará muito barulho, porque ele está ocupado na sua produção de frutos. Por outro lado, o crente vazio faz muito barulho, mas não produz nenhum fruto. 

            Não adianta tentarmos mostrar ser alguém que não somos. As nossas atitudes, o nosso caráter denunciam quem somos verdadeiramente. Busquemos discernimento do Espírito Santo para não sermos enganados, porque como lemos em Mateus 24: 24 “porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos”.

            Deus os abençoem, e até amanhã na continuação de Mateus 23.

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